Boas Vindas

Que Deus Nosso Senhor, abençoe a todos que visitam este blog pelas santas mãos de Jesus, Maria e São Jose.



FALA PADRE

Meus Caríssimos Irmãos e Irmãs em Cristo!
(com a palavra nosso
Padre Miguel)


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 20,20-28
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:

Naquele tempo: 20A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: "O que tu queres?" Ela respondeu: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". 22Jesus, então, respondeu-lhes: "Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?" Eles responderam: "Podemos". 23Então Jesus lhes disse: "De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou". 24Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os, e disse: "Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos".

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.



Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407)
Presbítero em Antioquia e posteriormente bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, n.º 65, 2-4; PG 58, 619 (cf. Breviário: 25/07)

Beber do Seu cálice para se sentar à Sua direita

Por intermédio de sua mãe, os filhos de Zebedeu fazem a seu Mestre este pedido, na presença dos companheiros : «Ordena que nos sentemos um à Tua direita e o outro à Tua esquerda.» (cf. Mc 10,35 ss). [...] Cristo apressa-Se a tirá-los das suas ilusões, dizendo-lhes que devem estar prontos a sofrer injúrias, perseguições e mesmo a morte: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber ?» Que ninguém se espante por ver os apóstolos imersos em tão imperfeitas inclinações. Espera que o mistério da cruz seja cumprido, que a força do Espírito Santo lhes tenha sido comunicada. Se queres ver a sua força de alma, observa-os mais tarde, e vê-los-ás superiores a todas as fragilidades humanas. Cristo não lhes esconde as fraquezas, para que tu vejas tudo aquilo em que depois se hão-de tornar, pela força da graça que os há-de transformar [...].

«Não sabeis o que pedis». Não sabeis quão grande é essa honra, quão prodigiosa é. Ficar sentados à Minha direita? Isso ultrapassa os próprios poderes angélicos. «Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Falais-me de tronos e de diademas insignificantes; Eu falo-vos de combates e de sofrimentos. Não é agora que receberei a Minha realeza; não é ainda chegada a hora da glória. Para Mim e para os Meus, o tempo é de violência, de combates e de perigos.

Repara que Ele não lhes pergunta directamente: «Tereis coragem para derramar o vosso sangue ?» Para os encorajar, propõe-lhes que partilhem o Seu cálice, que vivam em comunhão conSigo [...]. Mais tarde verás São João, o mesmo que neste momento deseja obter para si o primeiro lugar, ceder sempre a presidência a São Pedro [...]. Quanto a Tiago, o seu apostolado não veio a durar muito tempo. Ardente de fervor, desprezando por completo os interesses meramente humanos, com seu zelo mereceu ser o primeiro mártir de entre os apóstolos (Act 12,2).


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

PROGRAMAÇÃO DO RETIRO DOS COROINHAS DA ÁREA MISSIONÁRIA DE SANT’ANA

Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo!

Os Santos Coorinhas de Sant'Ana entrarão em retiro no próximo dia 05 de setembro, desde já contamos com as orações de todos os nossos comunitários e amigos.
Segue a programação do nosso retiro que será realizado na casa dos Franciscanos da Ordem Menor, localizada no bairro do Aleixo:

1. SAÍDA DE COMUNIDADE DE SANT’ANA - 7:00h

2. ACOLHIDA– 7:30h

3. CAFÉ DA MANHÃ – 7:40h

4. ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO NA CAPELA DOS FRANCISCANOS – 8:00h

5. PRIMEIRA REFLEXÃO – TEMA FELICIDADE – FREI FABIO OFM – 8:30h as 10:00h

6. SEGUNDA REFLEXÃO – TEMA AMOR – FREI FRANCISCO CAPUCHINHO – 10:15h as 11:45h

7. ALMOÇO – 12:00h as 13:30h

8. TERCEIRA REFLEXÃO – TEMA SANTIDADE – FREI FABIO OFM – 13:30h as 15:00h

9. SAIDA DA CASA DE RETIRO FRANCISCANA – 15:15h

Desde já informamos que o retiro será voltado apenas para o Grupo de Coroinhas, seus formadores e seus coordenadores. MOTIVO: Maior comunhão do Grupo como um todo para assim melhor desempenharmos nosso Serviço a Cristo e aos Irmãos.

Este retiro antecede o ENVIO dos nossos coroinhas que será realizado neste mesmo dia 05 de setembro as 19 horas na igreja de Sant'Ana, com Santa Missa presidida por nosso querido presbítero Padre Miguel Mcintosh. Contamos com a participação de TODOS os coroinhas e futuros coroinhas para a realização deste retiro e lembramos que será necessária a contribuição de R$6,00 por cada coroinha para efetuarmos o pagamento do almoço deste dia, calculado em 30 pessoas.

Todos os coroinhas devem estar trajando na Santa Missa de ENVIO a camisa do grupo, informamos que para os que ainda não a possuem temos ainda 6 unidades.

Contamos com sua participação e desde já agradecemos por todo seu esforço e empenho em ser Luz neste mundo cheio de trevas!

Que Maria nos ajude em nossa meta queridos irmãos, OU SANTOS OU NADA!!

sábado, 7 de agosto de 2010

Bento XVI dedica catequese da audiência geral a São Tarcísio, patrono dos coroinhas

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 04-08-2010, Gaudium Press)

"Desenvolvam com amor, com devoção e com fidelidade o seu trabalho de ministrantes; preparem-se bem para a Santa Missa!". Em alemão, essas foram as palavras do Papa Bento XVI na audiência geral de hoje aos milhares de coroinhas europeus que, pelo segundo dia consecutivo, cobriram completamente a Praça de São Pedro. Esta foi a primeira audiência geral depois da pausa pelas férias de verão do Papa, em Castel Gandolfo.


O Papa adentrou a Praça de São Pedro de papamóvel, entre animadas canções alemãs, atravessando todos os setores cheios de jovens. Ao todo, eram 55 mil coroinhas que peregrinaram a Roma pelos 50 anos da Coetus Internationalis Ministrantium (CIM), associação que de modo informal reúne todos os acólitos (coroinhas) dos países europeus. A audiência transcorreu em uma atmosfera de muita alegria e os jovens criaram uma atmosfera festiva típica dos Dias Mundias da Juventude. Devido à grande presença de alemães e suíços de regiões em que se fala o alemão, o Santo Padre dirigiu a catequese na sua língua materna.

"Há inúmeros de vocês hoje aqui! Com a vossa presença, tornam mais alegres não apenas este lugar, mas também o meu coração! Obrigado!", iniciou a catequese um Papa relaxado e sorridente. Sobre as suas costas havia um lenço branco, similar aos que os coroinhas usavam com as cores de seus respectivos países. Acompanhava o Papa na audiência geral o secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, que leva o nome do santo homenageado.

Ao lado do púlpito destinado ao Papa foi disposta uma grande imagem de São Tarcísio, primeiro jovem mártir romano e patrono dos coroinhas. A estátua de bronze de cinco metros de altura e quatro toneladas será transferida amanhã para as Catacumbas de São Calixto em Roma, onde, segundo a tradição, o jovem mártir foi sepultado.

"(São Tarcísio) amava muito a Eucaristia e, analisando os vários elementos, podemos concluir que tivesse sido um coroinha, um ministrante", observou o Papa ao apresentar a figura do santo. São Tarcísio foi um jovem cristão romano que viveu nos tempos do imperador Valeriano, governante que continuou as perseguições aos cristãos. São Tarcísio foi um dos portadores da Eucaristia aos doentes e os presos. Morreu apedrejado por soldados romanos, acredita-se, no dia 15 de agosto.

São Tarcísio ensina "o profundo amor e a grande veneração" pela Eucaristia, que "é um bem precioso, um tesouro cujo valor não se pode mensurar", disse o Papa. A Eucaristia "é o Pão da vida, é Jesus que se faz alimento, sustento e força para o nosso caminho do dia a dia e estrada aberta para a vida eterna".

Aos milhares de coroinhas presentes, o pontífice ressaltou que desenvolvem um "trabalho importante" e que têm sorte de estarem próximos ao altar no momento da consagração. "A nós provavelmente não é pedido o martírio, mas Jesus nos pede fidelidade nas pequenas coisas, nos trabalhos cotidianos, no testemunho de Seu amor", declarou Bento XVI ao final de sua catequese.

Entre as saudações entregues nas oito línguas, o Papa saudou, em português: "A todos saúdo com grande afeto e alegria, de modo especial a todos os acólitos e coroinhas aqui presentes. Que a exemplo do vosso padroeiro, São Tarcísio, possais crescer sempre mais no amor à Eucaristia que é o tesouro mais precioso que Jesus nos Deixou. Que Deus derrame os seus dons sobre vós e vossas famílias, que de coração abençoo."

terça-feira, 27 de julho de 2010

A SIMBOLOGIA NA EVANGELIZAÇÃO

SOBRE O NOSSO BRASÃO


Ao centro do Brasão do Grupo de Coroinhas da Área Missionária de Sant`Ana se vê claramente um Escudo em forma de CALICE BRANCO e neste, quatro claras figuras, uma CRUZ vermelha de bordas douradas, ao centro desta cruz a INSCRIÇÃO JHS rodeada pelas FOLHAS do TRIGO e da VIDEIRA em forma de COROA.

Explicação:

É Escudo pois só em Cristo encontramos nossa salvação.

A Forma de Calice é para simbolizar a Alinça que Cristo Nosso Senhor quer ter com nossos Santos Coroinhas e com todos os Jovens que O seguirem neste Santo Serviço do Altar. O referido calice é BRANCO, para nos mostrar como ficará nossa vida ao nos entregarmos VERDADEIRAMENTE a Cristo, PURA, SANTA pois Ele assim o é.

A Cruz vermelha de bordas douradas é um símbolo de que para seguirmos a Jesus é necessário SACRIFICIO sem medida, representado pela cor vermelha da Cruz, mas todo esse sacrificio terá uma recompensa, A SANTIDADE, representada pelo dourado.

A Incrição JHS, quer dizer em latin Iesus Hominum Salvator (Jesus Salvador dos Homens em português), que é e deve ser o centro de nossa FÉ e VIDA.

A incrição é rodeada por uma Coroa de folhas de Trigo e Videira, para nos recordar que através do pão e vinho consagrados pelas Santas Mãos do Sacerdote, temos a graça de receber Cristo em Nosso meio como alimento para nosso corpo e nossa alma. Estas folhas estão em forma de Coroa para nos mostrar que Cristo é Rei, mas que também deve ser O REI de nossa vida. E tudo isso unido nos simboliza que quando apresentamos nosso esforço em servir a Jesus com amor, consagrados a Ele, Jesus faz com que esse esforço dê verdadeiros frutos de vida para nós e para outros.

Ladeando o Brasão vemos claramente DUAS POMBINHAS BRANCAS. E envolvendo todo o Brasão PLUMAS BRANCAS E AZUIS. E por último mas não mesmos importante uma faixa Azul de bordas douradas onde se vê escrito SANTOS OU NADA.

Explicação:

As Duas Pombinhas Brancas, representam ao mesmo tempo os Coroinhas que devem servir santamente ao Altar de Deus, daí vir a chamar estes jovens desde já de SANTOS COROINHAS, e o Espírito Santo que os auxilia neste Santo Agir, assim como Cristo nos prometeu que Ele nos Auxiliaria ensinando TODA a verdade.

As Plumas brancas e azuis fazem mensão a duas outra coisas. Primeiramente que sob as asas do Altíssimo encontraríamos refúgio, e com suas Cores faz mensão a Maria Santíssima que nos protege e ampara para não nos distanciarmos de DEUS ONIPOTENTE.

A Faixa é azul recordando mais uma vez Nossa Senhora que nos guia numa sequência, como ela mesmo nos prometeu em suas aparições em ITAPIRANGA, REZAR para apendermos a AMAR, AMAR para nos SANTIFICAR, pois nos SANTIFICANDO chegaremos até DEUS, por isso o Dourado, representando mais uma vez a SANTIDADE. Tudo isso é explicitado mais claramente com a adoção do Lema do GRUPO DE COROINHAS, lembrando São Domingos Sávio que certa vez disse: SANTOS OU NADA. Ou seja, serviremos verdadeiramente a Cristo com nossa vida ou a perderemos cegos com falsos ideais deste mundo.

Este é o significado de Nosso Brasão, mas o que ele irá representar em sua vida isso depende do modo que Cristo irá agir em sua vida ao fazer você saber disso!!!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Fuga das ocasiões de pecado

Um dos mais importantes deveres da vida espiritual.

Santo Afonso Maria de Ligório

I. Da obrigação de evitar as ocasiões perigosas

Um sem número de cristãos se perde por não querer evitar as ocasiões de pecado. Quantas almas lá no inferno não se lastimam e queixam: Infeliz de mim! Se tivesse evitado aquela ocasião, não estaria agora condenado por toda a eternidade!

Falando aqui da ocasião de pecado, temos em vista a ocasião próxima, pois deve-se distinguir entre ocasiões próximas e remotas. Ocasião remota é a que se nos depara em toda a parte e que raramente arrasta o homem ao pecado. Ocasião próxima é a que, por sua natureza, regularmente induz ao pecado. Por exemplo, achar-se-ia em ocasião próxima um jovem que muitas vezes e sem necessidade se entretêm com pessoas levianas de outro sexo. Ocasião próxima para uma certa pessoa é também aquela que já a arrastou muitas vezes ao pecado. Algumas ocasiões consideradas em si não são próximas, mas tornam-se tais, contudo, para uma determinada pessoa que, achando-se em semelhantes circunstâncias, já caiu muitas vezes em pecado em razão de suas más inclinações e hábitos. Portanto, o perigo não é igual nem o mesmo para todos.

O Espírito Santo diz: 'Quem ama o perigo nele perecerá' (Ecli 3, 27). Segundo S. Tomás, a razão disso é que Deus nos abandona no perigo quando a ele nos expomos deliberadamente ou dele não nos afastamos. São Bernardino de Siena diz que dentre todos os conselhos de Jesus Cristo, o mais importante e como que a base de toda a religião, é aquele pelo qual nos recomenda a fuga da ocasião de pecado.

Se fores, pois, tentado, e especialmente se te achares em ocasião próxima, acautela-te para não te deixares seduzir pelo tentador. O demônio deseja que se se entretenha com a tentação, porque então torna-se-lhe fácil a vitória. Deves, porém, fugir sem demora, invocar os santos nomes de Jesus e Maria, sem prestar atenção, nem sequer por um instante, ao inimigo que te tenta. S. Pedro nos afirma que o demônio rodeia cada alma para ver se a pode tragar: 'Vosso adversário, o demônio, vos rodeia como um leão que ruge, procurando a quem devorar' (I Ped 5, 8). São Cipriano, explicando essas palavras, diz que o demônio espreita uma porta por onde possa entrar na alma; logo que se oferece uma ocasião perigosa, diz consigo mesmo: 'eis a porta pela qual poderei entrar', e imediatamente sugere a tentação. Se então a alma se mostrar indolente para fugir da tentação, cairá seguramente, em especial se se tratar de um pecado impuro. É a razão por que ao demônio mais desagradam os propósitos de fugirmos das ocasiões de pecado, que as promessas de nunca mais ofendermos a Deus, porque as ocasiões não evitadas tornam-se como uma faixa que nos venda os olhos para não vermos as verdades eternas, as ilustrações divinas e as promessas feitas a Deus.

Quem estiver, porém, enredado em pecado contra a castidade, deverá, para o futuro, evitar não só a ocasião próxima, mas também a remota, enquanto possível, porque em tal se sentirá muito fraco para resistir. Não nos deixemos enganar pelo pretexto da ocasião ser necessária, como dizem os teólogos, e que por isso não estamos obrigados a evitá-la, pois Jesus Cristo disse: 'Se teu olho direito te escandaliza, arranca-o e lança-o de ti' (Mt 5, 29). Mesmo que seja teu olho direito deverás arrancá-lo e lançar fora de ti, para que não sejas condenado. Logo, deves fugir daquela ocasião, ainda que remota, já que, em razão de tua fraqueza, tornou-se ela uma ocasião próxima para ti.

Antes de tudo devemos estar convencidos que nós, revestidos de carne, não podemos por própria força guardar a castidade; só Deus, em Sua imensa bondade, nos poderá dar força para tanto.

É verdade que Deus atende a quem Lhe suplica, mas não poderá atender à oração daquele que conscientemente se expõe ao perigo e não o deixa, apesar de o conhecer, pois, como diz o Espírito Santo, quem ama o perigo perecerá nele.

Ó Deus, quantos cristãos existem que, apesar de levarem uma vida piedosa, caem finalmente e obstinam-se no pecado, só porque não querem evitar a ocasião próxima do pecado impuro. Por isso nos aconselha S. Paulo (Fil 2, 12): 'Com temor e tremor operai a vossa salvação'. Quem não teme e ousa expor-se às ocasiões perigosas, principalmente quando se trata do pecado impuro, dificilmente se salvará.

II. De algumas ocasiões que devemos evitar cuidadosamente

Como queremos salvar nossa alma, é nosso dever fugir da ocasião do pecado. Principalmente devemos abster-nos de contemplar pessoas que nos suscitam maus pensamentos. 'Pelos olhos entra a seta do amor impuro e fere a alma', diz S. Bernardo (De modo bene viv., c. 23), e essa seta, ferindo-a, tira-lhe a vida. O Espírito Santo dá-nos o conselho: 'Desviai vossos olhos de uma mulher adornada' (Ecli 9, 8).

Para se livrar de tentações impuras, um antigo filósofo arrancou os olhos. Nós, cristãos, não podemos assim proceder, mas devemos cegar-nos espiritualmente, desviando os olhos de objetos que possam ocasionar-nos tentações. São Luís Gonzaga nunca olhava para uma mulher e, mesmo em conversa com sua própria mãe, tinha os olhos postos no chão. É claro que o mesmo perigo existe para mulheres que cravam seus olhares em homens.

Em segundo lugar, deve-se evitar todas as más companhias e as conversas e entretenimentos em que se divertem homens e mulheres. Com os santos te santificarás e com os perversos te perverterás. Anda com os bons e tornar-te-ás bom, anda com os desonestos e tornar-te-ás desonesto.

O homem toma os hábitos daqueles que convivem com ele, diz São Tomás de Aquino. Se estiveres metido numa conversação perigosa, que não possas abandonar, segue o conselho do Espírito Santo: Cerca teus ouvidos de espinhos para que os pensamentos impuros dos outros não achem neles entrada. Quando São Bernardino de Siena, ainda pequeno, ouvia uma palavra desonesta, sentia o rubor subir à sua face, e por isso seus companheiros tomavam cuidado para não pronunciar tais palavras em sua presença. E Santo Estanislau Kostka sentia tal asco ao ouvir tais palavras, que perdia os sentidos.

Quando ouvires alguém conversando sobre coisas impuras, volta-lhe as costas e foge. Assim costumava proceder São Edmundo. Havendo uma vez abandonado seus companheiros por estarem conversando sobre coisas desonestas, encontrou-se com um jovem extraordinariamente belo, que lhe disse: Deus te abençoe, caríssimo. Ao que o Santo perguntou, admirado: Quem és tu? Ele respondeu: Olha para minha fronte e lerás meu nome. Edmundo levantou os olhos e leu: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. Com isso Nosso Senhor desapareceu e o Santo sentiu uma alegria celestial em seu coração.

Achando-te em companhia de rapazes que conversam sobre coisas desonestas e, não podendo retirar-te, não lhes dês atenção, volta-lhes o rosto e dá-lhes a conhecer que tais conversas te desagradam.

Deves também abster-te de considerar quadros menos decentes. São Carlos Borromeu proibiu a todos os pais de família conservarem tais quadros em suas casas. Deves igualmente evitar a leitura de maus livros, revistas e jornais, e não só dos que tratam ostensivamente de coisas imorais, como também dos que tratam de histórias insinuantes, como certos poetas e romancistas.

Vós, pais de famílias, proibi a vossos filhos a leitura de romances: estes causam muitas vezes maiores danos que os livros propriamente imorais, porque deixam nos corações dos jovens certas más impressões que lhes roubam a devoção e os induzem ao pecado. São Boaventura diz (De inst. nov., p. 1 , c. 14): 'Leituras vãs produzem pensamentos vãos e destroem a devoção'. Dai a vossos filhos livros espirituais, como a história eclesiástica, ou vidas de santos e semelhantes.

Proibi a vossos filhos representar um papel qualquer em comédia inconveniente e mesmo a assistência a representações imorais. 'Quem foi casto para o teatro, de lá volta manchado', diz São Cipriano. Se para lá se dirigiu aquele jovem ou aquela donzela, em estado de graça, de lá voltam ambos em estado de pecado. Proibi também a vossos filhos a ida a certas festas, que são festas do demônio, nas quais há danças, namoros, canções impudicas, gracejos e divertimentos perigosos. Onde há danças, celebra-se uma festa do demônio, diz Santo Efrém.

Mas que há de ruim quando se graceja? dirá alguém. Esses tais gracejos não são gracejos, mas crimes, responde São João Crisóstomo, são graves ofensas contra Deus. Um companheiro do padre João Vitellio, contra a vontade deste servo de Deus, se dirigiu uma vez para um tal divertimento em Nórcia. Que lhe aconteceu? Perdeu primeiramente a graça de Deus, entregou-se em seguida a uma vida desregrada e foi finalmente assassinado por seu próprio irmão.

Poderás aqui perguntar-me se é pecado mortal namorar. Responderei a essa pergunta na segunda parte, c. 6, § IV. Aqui só direi que tais namoros tornam-se ocasião próxima do pecado. A experiência ensina que em tais casos só poucos deixam de pecar. Se não pecam já no começo, caem no decorrer do tempo. No princípio se entretêm só por mútua inclinação; esta torna-se, porém, em breve, paixão, e a paixão, uma vez arraigada, cega o espírito e arrasta a muitos pecados de pensamentos, palavras e obras.

III. Fúteis objeções contra as sobreditas verdades

Objetar-me-ás: Mudei duma vez de vida; não tenho nenhuma má intenção, nem mesmo uma tentação quando vou visitar fulana ou sicrana. Respondo: Conta-se que há uma espécie de ursos que caçam macacos: ao avistar o urso, fogem estes para as árvores. Mas que faz o urso? Deita-se debaixo da árvore e faz-se de morto. Descem os macacos com esse engano e então, de um salto, captura-os e devora-os. É o que pratica o demônio: representa a tentação como morta, e assim que desceres, isto é, logo que te expuseres ao perigo, desperta-a de novo, e ela te tragará. Oh! Quantos cristãos, que se davam ao exercício da oração e da comunhão e, mesmo, levavam uma vida santa, não caíram nas garras do demônio, porque se expuseram ao perigo.

A história eclesiástica narra que uma mulher mui piedosa se ocupava em obras de caridade e, em especial, em enterrar os corpos dos Santos Mártires. Encontrando uma vez o corpo de um mártir que ainda dava sinais de vida, levou-o para sua casa, curou-o e o mártir restabeleceu-se. Mas que aconteceu? Por causa da ocasião próxima, esses dois santos – pois esse nome mereciam – primeiramente perderam a graça de Deus e depois a Fé.

Mas a visita àquela casa, a continuação daquela amizade, me traz proveitos, dizes. Sim, porém, se notares que ‘aquela casa é o caminho para o inferno’ (Prov 7, 27), nenhum proveito te trará, e tu a deves deixar se desejas ser feliz. Mesmo que fosse teu olho direito a causa da perdição, deverias arrancá-lo e lançá-lo longe de ti, diz o Senhor. Nota as palavras: lança-o de ti, não deves deixá-lo perto, mas repeli-lo para longe, isto é, deves evitar por completo a ocasião. – Mas daquela pessoa nada tenho a temer, pois ela é tão devota – dizes. A isso responde São Francisco de Assis: O demônio tenta diferentemente os cristãos piedosos que se deram inteiramente a Deus e os que levam uma vida desregrada. Ele não procura prendê-los com uma corda já no princípio; contenta-se com um cabelo, servindo-se então de um fio e, finalmente, de uma corda, arrastando-os ao pecado.

Quem quiser ser preservado deste perigo deve já no começo evitar todos os fios, todas as ocasiões, quer sejam saudações, quer presentes.

Ainda uma observação importante: Um penitente que nunca evitou seriamente as ocasiões perigosas, nas quais tem regularmente caído em pecado mortal, apesar de todas as suas confissões, deverá fazer uma confissão geral, visto terem sido inválidas as confissões feitas em tal estado, em razão da falta de propósito de evitar a ocasião próxima. O mesmo se deve dizer a respeito dos que confessam seus pecados, mas nunca deram sinal de emenda, continuando logo depois da confissão a cometer os mesmos pecados, sem empregar nenhum meio contra a queda. Só uma confissão geral poderá trazer-lhes garantia e tranqüilidade, servindo de base para uma verdadeira emenda; feita a confissão, poderão encetar uma vida nova e perfeita, pois os maiores pecadores, como acima provamos, poderão, com a graça de Deus, alcançar a perfeição.”

(Santo Afonso Maria de Ligório, Escola da Perfeição Cristã,Compilação de textos do Santo Doutor pelo padre Saint-Omer, CSSR, IV Edição, Editora Vozes, Petrópolis: 1955, páginas 44-48)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Breve Histórico do Grupo de Coroinhas da Área Missionária de Sant`Ana.

O grupo de Coroinhas iniciou suas atividades no ano de 1997 com o apoio do nosso amado Pe. Miguel Macintosh e o aval da Coordenação da Comunidade de Sant`Ana e tendo como seu primeiro animador o comunitário Eugenio Marcon. Propunham-se os seguintes objetivos:


• Ajudar no serviço litúrgico das várias Celebrações;

• Formar adolescentes;

• Favorecer uma saudável experiência associativa.

Os primeiros Coroinhas, que já tinham celebrado a Primeira Eucaristia, foram em número de 18. Vamos mencioná-los: Tássio, Valciney, Albertina, Júnior (José Carlos), Fabiana, Osvaldo, Adriana, Edicléia, Edilene, Luzia, Karla, Francilene, Rosehely, Cristiane, Ana Beatrice, Éder, Monique (de saudosa memória) e Juscelino.

A formação básica dos Coroinhas se deu nos primeiros meses de 1997 e a Celebração da Missa do Lava-pés da QUINTA FEIRA SANTA- Memorial da Instituição da Eucaristia- foi escolhida como inicio do serviço ao altar deste primeiro Grupo, tornando-se assim a data oficial de seu aniversário. Também foi escolhido como Santo Padroeiro do Grupo o jovem Tarcísio que nos primeiros séculos da Igreja foi martirizado pelos opositores da Santa Igreja de Cristo por estar levando hóstias consagradas para um grupo de fiéis que estava celebrando nas catacumbas da cidade de Roma.

As túnicas vestidas pelos Coroinhas foram costuradas gratuitamente pela esposa do Sr. Raimundo, então Tesoureiro da Comunidade de Sant`Ana. O pano foi adquirido pela Comunidade.

A Comunidade louvou a iniciativa e se acostumou com o empenho e a seriedade no serviço litúrgico dos Coroinhas nas Celebrações.

O Grupo entrosou também nos eventos que a Arquidiocese promovia para reunir os Coroinhas da cidade de Manaus.

Tendo que se ausentar de Manaus por certo período no ano de 2000 o Sr. Eugenio passou a animação do Grupo para a antiga Coroinha Francilene Martins de Almeida. Em 2001, devido ao Sr. Eugenio assumir outros Movimentos ou Pastorais.

Nesta época outras Comunidades pediram apoio para iniciar seu Grupo de Coroinhas. O Ministro Francisco Sobrinho ajudou nesta empreitada. Assim surgindo Grupos nas três Comunidades da Área Missionária.

No mês de dezembro de 2004 a Sra. Marta (Dona Marta), teve que se ausentar da Comunidade de Sant`Ana e passou a Coordenação que – desempenhou com muito amor – para a antiga Coroinha Karla Raisa Malta Lemos que assumiu com o apoio dedicado da Sra. Socorro Mendes (Dona Socorro). A mudança de pessoa não causou transtorno no Grupo que continuou firme na caminhada de serviço na Liturgia da Comunidade. A formação foi aprimorada também com o apoio de Sacerdotes, Seminaristas Redentorista e Ministros Extraordinários da Santa Comunhão e da Palavra.

Em julho de 2006, Karla Raisa passou a animação do Grupo de Coroinhas para o antigo Coroinha – membro do Ministério de Música de Sant`Ana e animador do Oratório de Sant`Ana – José Carlos Júnior, contando sempre com o importante e generoso apoio de Dona Socorro.

Padre Inácio ajudou, com a competência e a animação que lhe são caracteristicas, na formação do novo grupo de 17 Coroinhas, enviados para o serviço litúrgico na Celebração do dia 02 de dezembro de 2007.

Em 2008 o Grupo de Coroinhas, sempre liderado pelo José Carlos Júnior, se tornou um Movimento da Área Missionária de Sant`Ana, participando das reuniões da Área Missionária e apresentando seu Planejamento e Orçamento para 2009 como atuante da Área Missionária.

No ano de 2009 foi chamado para auxiliar o Grupo dos Coroinhas o jovem - Ministro Extraordinário da Santa Comunhão e catequista da Área Missionária de Sant`Ana - Tony Leno Teixeira Urtiga, que passou a ir a alguns encontros de formação a convite do animador do Grupo, José Carlos Júnior. O citado Ministro presidiu alguns encontros, forneceu algumas idéias ao Animador do Grupo para melhor desenvolvimento dos Coroinhas naquele ano. Mas devido aos seus compromissos com sua família e seu Ministério teve de se ausentar deste auxilio prestado ao Grupo dos Coroinhas.

Já no fim destes msmo ano de 2009 o nosso amado Padre Miguel Macintosh antes de uma Celebração Eucarística na Comunidade de São Francisco, informou ao Ministro Tony Leno que o seu nome havia sido citado em uma reunião daquela Comunidade para animar os Coroinhas da Área Missioária, tendo em vista que o então animador do Grupo José Carlos Júnior, estaria deixando o Grupo para assumir outros compromissos com a Área Missionária. Mas, após este convite com toda a calma e sabedoria de que lhe são características o nosso amado Padre Miguel, disse a Tony Leno que pensasse bem e deixasse que o Senhor falasse a seu coração, pois com família e já exercendo um serviço na Área Missionária não seria fácil, que era interessante consultar a esposa e decidir juntos e com calma.

Após realizado este momento de reflexão em família, o jovem Tony Leno disse SIM ao chamado do Senhor para mais esta missão confiada a ele em sua vida, comunicando a decisão ao Santo Ministro de Deus, o Padre Miguel. Este após ouvir o jovem o deixou livre para acompanhar o Grupo após o envio dos novos Coroinhas da Área Missionária que foi realizado no dia 10 de janeiro de 2010, na Comunidade de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro. Nesta mesma Missa a antiga Coroinha Francilene se dispos a ajudar o jovem Ministro Tony Leno com a animação do Grupo de Coroinhas, após terminar a formação de uma Turma de Crismandos da Comunidade de Sant`Ana.

E foi o que aconteceu e cá estamos nós, Tony Leno e Francilene, a serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo, servindo com os menores a todos os servos dos servos de Deus. Temos em nossa mente um ideal inspirado no Santo Evangelho, O QUE IMPORTA É QUE EU DESAPAREÇA E ELE SEMPRE CRESÇA, e temos uma meta que se tornou nosso Lema, SANTOS OU NADA. E é assim que caminhamos, sempre recordando de onde viemos, contando com o apoio de nosso Presbítero, trabalhando para formar Santos Coroinhas em famílias cristãs de nossa amada Manaus.

domingo, 13 de junho de 2010

Ser Santo Coroinha de Sant`Ana

QUEM É O COROINHA?


Jovem que auxilia nas funções litúrgicas no altar e nas paraliturgias e realizam em sua vida a experiância do discipulado e do serviço a comunidade, de modo especial nas celebrações eucarísticas. Desde uma tenra idade, após a primeira Eucaristia, estes adolescentes são convidados a doar tempo da sua vida em testemunhar Jesus Cristo e viver em intimidade com Ele no serviço ao altar, a dar testemunho da sua missão também na família, na escola, no grupo de catequese e assim por diante.

QUAL É A SUA MISSÃO?

O Coroinha tem como missão fundamental auxíliar nas celebrações eucarísticas e nos demais serviços da comunidade. Dá testemunho da radicalidade do amor de Deus. Por atuar diretamente nos serviços do altar e da comunidade o Coroinha também tem por missão, o zelo pela comunidade como embiente de oração, favorecendo a oração comunitária e o bom ambiente celebrativo, além de defender a Eucaristia, a exemplo de seu padroeiro São Tarcísio.

A SUA ESPIRITUALIDADE

A espiritualidade central do Coroinha é a espiritualidade eucarística. O Coroinha, em cada celebração eucarística, torna-se pequeno guardião e defensor da sacralidade da Eucaristia. É chamado a dar testemunho da presença real de Cristo na Eucaristia e das bençãos que Ele derrama em sua Igreja. A piedade, a oração, a adoração a reverência e gosto pelos demais sacramentos também são marcas da espiritualidade que o Coroinha deve cultivar em sua vida.

IGREJA UNA, SANTA E CATÓLICA

Só existe uma Igreja e um Evangelho porque Cristo é um na história, diz o Papa


10.03.2010 - VATICANO.- Na Audiência Geral desta quarta-feira, celebrada no Sala-aula Paulo VI, o Papa Bento XVI se referiu à obra literária de São Boaventura, quem explica que Jesus Cristo é a última palavra de Deus, não há outro Evangelho além do existente e "não se deve esperar outra Igreja". O Pontífice ressaltou que "a unicidade de Cristo garante também novidade e renovação no futuro".

Em sua catequese o Pontífice assinalou que São Boaventura "interpretou autêntica e fielmente a figura de São Francisco de Assis", disse o Santo Padre. Reagiu frente à corrente espiritualista da Ordem Franciscana, que se apoiava nas idéias do Abade Joaquin de Fiore. Este grupo sustentava que "com São Francisco se inaugurou a fase final da história" e que era preciso esperar a nova Igreja do Espírito Santo, "já não ligada às antigas estruturas da Igreja hierárquica".

Este problema, o enfrenta S. Boaventura em sua última obra: o Hexaëmeron. O Santo afirma que "Deus é um para toda a história; a história é única, embora seja um caminho; um caminho de progresso. Jesus Cristo é a última palavra de Deus, e não há outro Evangelho, não se deve esperar outra Igreja. Por isso, também a Ordem Franciscana deve se inserir nesta Igreja, em sua fé, no seu ordenamento hierárquico".

"Isto não significa que a Igreja seja imóvel, fixa no passado e não possa haver novidade nela". São Boaventura, com a expressão "as obras de Cristo não cessam, e sim progridem", precisa claramente a idéia do progresso e explica que "a riqueza da Palavra de Cristo é inesgotável e que também nas novas gerações podem aparecer novas luzes. A unicidade de Cristo garante também novidade e renovação no futuro".

O Papa sublinhou que "também hoje existem visões segundo as quais toda a história da Igreja no segundo milênio seria um declive permanente. Alguns vêem o declive logo depois do Novo Testamento. O que seria da Igreja sem a nova espiritualidade dos cistercienses, franciscanos e dominicanos, sem a espiritualidade de Santa Teresa de Ávila e de São João da Cruz?". São Boaventura "ensina-nos a abertura aos novos carismas dados por Cristo, no Espírito Santo, à sua Igreja".

O Papa Bento XVI se referiu logo ao Concílio Vaticano II. Depois deste grande acontecimento eclesiástico "alguns estavam convencidos de que tudo é novo, de que existe outra Igreja, que a Igreja pré-conciliar tinha terminado, e que haveria outra, totalmente diversa, uma utopia anárquica. Mas graças a Deus, os timoneiros sábios da barco de Cristo, os Papas Paulo VI e João Paulo II, defenderam por um lado a novidade do Concílio, e ao mesmo tempo, a unicidade e a continuidade da Igreja, que é sempre Igreja de pecadores e sempre lugar de graça".

Comentando ao final alguns dos escritos teológicos místicos do santo, "que são a alma de seu governo", o Pontífice disse que sua obra mais importante é: o "Itinerarium mentis in Deum" (O itinerário da alma para Deus), no qual indica que o conhecimento de Deus é um caminho que tem várias etapas, e que culmina "na união plena com a Trindade por meio de Cristo, à imitação de Francisco de Assis".

Antes da audiência, o Papa saudou na basílica de São Pedro uma peregrinação promovida pela Fundação Dom Carlo Gnocchi, "esta figura luminosa do clero milanês", que foi beatificado em outubro de 2009.

"Neste Ano sacerdotal, a Igreja vê no beato um modelo de imitação. Seu exemplo brilhante sustente o compromisso dos que se dedicam ao serviço dos mais fracos e suscite nos sacerdotes o vivo desejo de voltar a descobrir e fortalecer a consciência do dom extraordinário de graça que representa o ministério ordenado para quem o recebeu, para a Igreja inteira e para o mundo", concluiu.

Ao concluir sua catequese, Bento XVI saudou os peregrinos em várias línguas, entre elas, o português, a saudação foi recolhida pelo portal da Rádio Vaticano neste idioma: "Queridos irmãos e irmãs. Nomeado Ministro-Geral da Ordem Franciscana, São Boaventura viu os seus confrades divididos sobre a interpretação que davam à figura e mensagem do Fundador. E procurou uni-los, situando São Francisco dentro duma justa visão da Teologia da história. Esta é uma só, guiada no caminho do seu progresso pelo mesmo e único Deus. Com a vinda de Cristo, Deus disse a última palavra; mais do que Ele próprio, não pode dizer nem dar. Por isso, não haverá outro Evangelho, nem se deve esperar outra Igreja para além da fundada por Jesus Cristo. Mas Cristo é uma Palavra inexaurível e, sobre ela, as sucessivas gerações humanas vão recebendo novas luzes, como aconteceu com São Francisco, que se uniu de tal modo a Jesus que recebeu os Seus estigmas. E embora não possamos pairar nas mesmas alturas místicas, procuremos aproximar-se o mais possível da plena realização do Sermão da Montanha, que foi a regra vivida e deixada pelo seráfico Fundador. Saúdo os peregrinos vindos do Brasil e demais participantes de língua portuguesa, cujos passos e intenções confio à Virgem Mãe com votos de que esta visita em todos fortaleça e favoreça uma maior renovação do espírito. Com afeto, concedo-vos, a vós e aos vossos familiares, a minha Bênção Apostólica".

Fonte: ACI